Quando o relógio zerou no ginásio em Karlovy Vary, neste domingo, os papéis pareciam invertidos. As jogadoras da República Tcheca, sob efeito de uma trajetória heroica em casa, vibravam, pulavam, gritavam para a torcida fanática que pintou a arena de vermelho. Tinham acabado de perder a final por 20 pontos. Ali perto, pálidas como seu uniforme branco, as americanas batiam palmas tímidas, sorriam de leve – algumas nem isso – e acenavam de forma protocolar para as arquibancadas. Eram as novas campeãs mundiais. Com uma vitória por 89 a 69, incontestável como todas as outras da campanha, os Estados Unidos estão de volta ao topo no basquete feminino. Como se tivessem apenas feito sua obrigação. No último Mundial, em São Paulo, as americanas caíram diante da Rússia na semifinal e ficaram com o terceiro lugar - o título foi da Austrália. Agora, voltaram a conquistar o ouro com uma campanha perfeita, sem ameaça dos rivais em nenhum momento. As tchecas, que caíram para o Brasil nas quartas em 2006, surpreenderam o mundo desta vez e, assim como a Turquia no masculino, colocaram o time da casa na decisão. O Brasil terminou o Campeonato em nono lugar, após bater Canadá e Japão no torneio de consolação. A equipe verde-amarela ficou cinco posições abaixo do quarto lugar de 2006, quando perdeu o bronze para as americanas. O bronze ficou com a Espanha, que venceu a Bielorrússia por 77 68 antes da decisão. Hana Horakova da República Tcheca foi eleita a melhor jogadora do Mundial.
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